quarta-feira, 22 de junho de 2011

O que é eterno não tem fim!

os momentos finais estão próximos. o único sentimento que cresce a cada dia é a saudade. saudade dos corredores. dos professores. e até das provas. mas a saudade mais verdadeira é a dos amigos. laços feitos dia a dia durante cinco eternos anos. que dure para sempre a união que conseguimos construir. não como concorrentes em concursos ou ações advocatícias. seremos sempre companheiros e amigos da turma d. sempre me lembrarei com carinho de dois momentos. chegar atrasada e encontrar a turma lotada. ver sorrisos de bom dia e contemplar pessoas ficando felizes em me ver entrar na sala. ou chegar cedinho. antes de todo mundo e ir observando cada pessoa. um por um. ocupando seu lugar na sala de aula enquanto a primeira aula não começa. logo responderemos a nossa última chamada. descendo as escadas no dia da colação de grau. agradecendo que todos nós conseguimos. nos graduamos. alguns com mais dificuldade que os outros. mas juntos. da primeira aula de português jurídico com Dalri. aos momentos finais com Sandra e João Neto. vimos de tudo. a tristeza de um aterro sanitário e a beleza dos animais do Parque Arruda Câmara. o horror do IML e a beleza do Ministério Público. alguns de nós está preparado para a vida profissional. outros com o tempo chegarão lá. mas de uma coisa tenho certeza. nenhum de nós está plenamente preparado para o Adeus. Não será de forma nenhuma um adeus. será um até logo. certamente nos encontraremos nas estradas da vida. há um velho ensinamento de índio xamãs da cidade de Sonora no México, estudados pelo antropólogo colombiano Carlos Castaneda que nos mostra que o que realmente importa na vida não é o destino final. mas o caminho que percorremos. agradeço desde já a todos vocês que fizeram parte do meu caminho. na busca pela Justiça e pacificação social. é o que pretendemos como juristas e como cidadãos. obrigada por cada sorriso. por cada briga. por cada bom dia ou até logo. todos vocês do mais íntimo ao mais distante fará uma falta imensa. inconscientemente deixamos um pouquinho de nós na vida uns dos outros. como tatuagens. o curso acabou. mas as lembranças serão eternas. a morte não significa o final mas o recomeço de uma nova vida. que todos continuem lembrando de tudo com carinho. que continuemos rindo como se ainda fosse realidade. o que nunca será apagado. já dizia os poetas Sandy e Junior. o que é imortal não morre no final. vou morrer de saudades de todos vocês. ATÉ BREVE. WE HAD THE TIME OF OUR LIVES!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Como é boa a espontaneidade!






FINALMENTE... o colaborador mais talentoso do blog o Vinícius César deu as caras... surpresa extremamente agradável ao abrir meus emails... e o mais bonitinho é que o texto a seguir é uma homenagem à mamãe aqui! Já estou ansiosa pelos próximos textos dele!...












Priscila em Sépia








Em meio a tantas imagens que correm diante de minhas vistas, houve uma que foi premeditada ou inconscientemente pinçada, e me fez refletir naqueles preciosos minutos que temos só pra nós, durante a correria dos dias, quando tomamos banho ou estamos dirigindo. Uma foto de Priscila, a Priscila, que posso até ter a ousadia de chamar de "minha Priscila", isto porque apesar do tempo que não nos vemos pessoalmente eu pude nitidamente reconhecê-la naquela fotografia, talvez até mais do que se a visse por acaso, de relance, fazendo compras. Indaguei-me porque tive aquela reação se, ao que me consta, aquela foto foi tirada antes mesmo de sermos apresentados um ao outro, em meados de 2002, nos desencontros da década passada. Cheguei à conclusão que assim a vi porque naquela foto há um espírito, que para mim é muito familiar, e de imediato pensei, que apesar do efeito de sépia, aquela foto seria a melhor para representar a Priscila de hoje, aquela garota com ar de nobreza, que olha por cima, como se já soubesse. Mas como? Se a Priscila de hoje é quem sabe tanto? Se foi nessa década que ela viveu a vida de tantas Priscilas? Será que aquela era a Priscila madura, e hoje quem se vê é a Priscila menina? Prefiro acreditar que ela é a mesma de sempre, multifacetada, como se já tivesse nascido formada e pronta, de todo intelecto, como uma paráfrase real de Benjamim Button, em que os anos de sua vida não são superiores ou mais evoluídos que os outros, apenas diferentes, como quem nasceu para experimentar de tudo, a vida em sua plenitude, por tudo isso e por assim dizer, superior ao tempo. Mas será que foi isso mesmo que ela quis ao postar essa foto? O que teria pensado aquele oceano? Um mistério que ela deliberadamente deixará no ar, só por gostar de ver surgir hipóteses mirabolantes fundadas em seus ricos detalhes, como esta. Um longo abraço minha amiga, ainda somos os mesmo, e vivemos.








Vinícius César








p.s. ah meu caro amigo poeta, tenho algo a lhe perguntar: tá querendo dinheiro emprestado? hahaha, queria eu ser metade do que escreveste e ter metade do teu talento em saber viver melhor e menos impulsivamente do que esta ariana do dia primeiro.








vc me conhece bem : gosto de ver surgir hipóteses mirabolantes fundadas em seus ricos detalhes como esta. O que pensou este oceano nem ele mesmo sabe! Saudades!