quinta-feira, 28 de julho de 2011

Back to Black...



Cantou a menina Amy... você sabe que eu não presto. Quem não sabia era ela... que era apenas uma menina.

Cabelo bolo de noiva, black eyerline de gatinhos, tatuagens nos braços, jeito de quem tinha a personalidade forte, de quem sabia beber como homem, bater como homem, xingar como homem, se drogar como homem, mas um erro peculiar, só sabia amar e sofrer do jeito que só as mulheres sabem.


Sei o que é se apaixonar por Camden Town, sei como viver la vida loca... mas era preciso agarrar-se à vida com mais força. More Faith!


Garota branca, com voz de negra... apresentou em Back to Black um som que eu não via há um bom tempo. Virei fã desde o início, mal poderia imaginar o caminho de degradação que trilhava até a morte prematura.


Só ela saberia as chagas que trazia sua História a ponto de desejar estar sempre alta, sempre chapada, sempre doidona, pra esquecer, pra intensificar, as emoções sobre o efeito de drogas se embaralham, mas não se apagam, o pior que quem sofre não é o corpo é a alma. No caso dela, ambos. O trocadilho da casa do vinho, Ah Amy, vc não sabia como eu gostava de escrever meus textos fumando Carlton escutando seu som, vc não sabia que essa brasileira aqui era apaixonada pelo bairro e pela cidade que vc morava e que vc a inspirava, vc não sabia que eu esperava mais de vc, sua recuperação, novas canções, ver vc ressurgir saudável era um dos motivos que me fazia ter saudade do futuro. Pena que nem tudo acontece com a gente quer.


Por outro lado. Minha lágrimas secam sozinha. Música preferida. o som dela era sinestesia pura, linda com um raio de sol, um sopro de vida. É uma pena. Entendo a dor da rejeição e da separação inspiradora. dor no escrever. dor no cantar, voz doída. aquela que só as mulheres sentem, mesmo aquelas que sabem sentar na mesa do bar e começar com cerveja pra refrescar, vinho, vodca, tequila, cachaça, champagne, ron, uísque... uma cerveja pra lavar! caipirinha, abala!


We only said goodbye with words... Morri centenas de vezes.

Você volta pra ela... e eu volto para o luto.


I´m back to black!


R.I.P.
t

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A confissão de uma dor.


Contar seus segredos, seus pecados, seus erros, dizem que é difícil. Pra mim sempre foi fácil. Não tenho vergonha do que sou. E não tenho medo de me arrepender. Difícil para mim é a confissão de uma dor. Prefiros disfarçar sorrisos e fingir felicidade. Quando cada ponto em particular do meu corpo dói como que banhado num lago congelado eu prefiro dormir e esquecer. O que acontece quando choramos baixinho entre os lençóis até pegar no sono. Não consigo desabafar minhas dores, isso é raro, quando acontece eu choro tanto que mal consigo falar.

Mas confessarei a todos vocês e tenho medo da penitência.

A dor dói. Não estou onde gostaria de estar nas projeções infantis dos 25 anos. Tudo está no seu lugar correto. Mas falta vc.