terça-feira, 26 de junho de 2012

O homem nasce bom, a mulher que o corrompe!

OiÊÊÊ, gente buena do meu Brasil... Pra não dizerem que sou feminista o pequeno blog ganha mais um colaborador, ele publicará textos com o olhar masculino sob o pseudônimo Píndaro. É uma figura tímida que não quer aparecer, mas de muito talento ... feitas as apresentações aí vai... ;) formou? já é... Todas as noites ela vinha até mim e aparecia um pouco, mas no dia seguinte eu não a lembrava, parecia um quebra-cabeça de infinitas peças impossíveis de serem unidas. Sabia que era uma mulher, e com alguns pedaços compreensíveis dela eu saí procurando pelas multidões como se por uma recompensa, a felicidade eterna. Em qualquer lugar eu a encontraria, no carro ao lado do sinal, me olhando de uma varanda, convivendo comigo todo dia. Seria a mulher da minha vida, com a qual me casaria, e seria feliz para sempre. Eu era ingênuo mesmo, mas para que viver sem acreditar em nada. Procurei tanto, cansei, e achei amor em alguém totalmente diferente, então abandonei esse sonho infantil, de quando eu era adolescente. Esse amor foi explosivo, acabou logo e causou um grande estrago. E quando finalmente me recuperei dele, a menina dos meus sonhos aparece no meu cotidiano como se fosse qualquer uma, e eu tenho que ser conivente com essa farsa. Era ela, sem dúvida alguma, todas as peças juntas, numa organização lógica, biológica. Era mais do que eu esperava, era surpreendente, os defeitos eram medidos e apaixonantes, só eu poderia amá-la, só eu perceberia seu valor. Mas havia um impedimento, ela amava alguém e era feliz com ele. Finalmente eu entendi a pedra de Drumond, mas a arte é assim mesmo, é preciso vivê-la. Agora existe um duelo dentro de mim, o menino e o adulto. O primeiro prega que eu lute, que eu me arme de amor, pois ele vence tudo, quer que eu sofra as conseqüências, é uma filosofia linda, mas não na vida real, diz o adulto. Amadurecido, ele é totalmente contra, diz que no mundo não há lugar para românticos, que o amor recíproco é uma grande utopia que todos buscam mas sabem que não existe, hoje eu amo, amanhã odeio, e todas essas aventuras vão virar apenas história, daquelas que se pensa que é ficção. Não adianta mais se dar, a vida está corrompida, o que eu tenho vale mais do que sou e sinto, o amor está tão raro, e tem tanta gente desperdiçando. O menino é sonhador e insiste nesta reforma sentimental, na verdade ele é o sábio, o adulto que é covarde, mas com razão, já apanhou uma vez, e não quer sofrer de novo. Afinal tolo é aquele, que persiste no mesmo erro. Será? Perseverança no que se acredita é idiotice? Infelizmente apenas eu percebi isso, e se alguém perceber também com certeza eu amarei. Devido a esse conflito, eu continuo inerte, estático, vendo a vida passar, esperando o amor passar, ou pelo menos adormecer enquanto eu não vê-la mais. O menino ama de um jeito admirável, como nunca vi antes, talvez ela , por ser justamente ela reconheça a grandiosidade deste carinho, mas nunca irá conhecê-lo, pois o adulto o esconde. Assim eu vou vivendo, deixando as oportunidades de ser feliz passarem. Mas ninguém é triste pra sempre, um dia deve vir alguém com um menino mais forte que o adulto. Vamos menino, lute! Por Píndaro.

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