terça-feira, 29 de janeiro de 2008

devoradora de homens.


eis q surge o tema. sempre como quem não quer nada. ah o amor. o amor. o amor. esse velho e infiel conhecido de todos. os parceiros deveriam ser escolhidos em prateleiras de supermercados. homens perfeitos comprando mulheres perfeitas e vice-versa. ou então que os namorados fossem escolhidos um pelo outro como em entrevistas de emprego com direito à indicação do antigo patrão. digo. do ex ou da ex ou de ambos. aí talvez deixássemos de acreditar naquelas frases tão clichês de que somos as mais lindas do mundo. que temos o melhor beijo. o melhor sexo. o melhor cheiro. qua sabemos clichês, sabemos inverdades e mesmo assim nos permitimos adentrar no mar de ilusão por livre e espontânea vontade. e depois passa o tempo. o mar de rosas continua o sendo mas agora os holofotes saem das pétalas e focalizam os espinhos e na balança do coração os ruins vão superando os bons. a passagem do tempo. a rotina. os problemas financeiros ou profissionais. a tensão pré-durante-pós menstrual. a mulher forte apaixonada pede a força e vira aquela menininha boba a quem ele evitou por tanto tempo. a boba vira a forte por quem ele evitou por tanto tempo. o decidido virou amargo. o solícito virou subserviente e é condição sine qua non da raça humana a insatisfação que se dá consigo mesmo e principalmente com o outro. e qual a solução? em minha opinião cuidar de si. ser egoísta. pensar em si mesmo, se amar, ser satisfeito consigo mesmo. se olhar no espelho e se achar a criatura mais bonita e desejável no mundo. ter vontade de se beijar, se tocar, se amar, se descobrir, e só então ser aberta e descoberta pelos outros. e o desejo? não se deseja apenas aquilo q não se tem? e depois que se conquista, o desejo acaba e passa a se desejar outra coisa? claro que não e aí é onde está a magia do amor. ah o amor. o amor. o amor. o fato é que podemos desejar um homem diferente ou uma mulher diferente dos que temos, mas o mais importante é que desejamos aquele ou aquela que temos todos os dias. todos os dias queremos conquistá-los de formas variadas, admiramo-os e queremos ser admirados por eles. queremos eliogiar e ser elogiados. queremos brigar e convencê-los a pensar igual a nós, mas queremos que eles não mudem. queremos que mudem. não sabemos o que queremos. queremos ter um acesso de fúria e acabar transando enlouquecidamente e rir do que antes chateava. e se não der certo com o primeiro, o terceiro, o quinto, ou o sétimo, pode ter sido eterno enquanto durou com o segundo, o quarto, o sexto e o oitavo. e se não o foi com nenhum deles será ou não com o nono e o décimo. a busca continua. com o mesmo ou com diferentes amores. ah o amor. o amor. o amor.

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